Ao
manejar o SOROBAN, desenvolve-se importantes habilidades, pois a
operação do instrumento exige exatidão e rapidez
onde é preciso ser atencioso, observador, ter boa discriminação
auditiva e visual, boa memória, sobretudo concentração,
controle motor, equilíbrio entre o pensamento e a ação,
necessárias a qualquer aprendizagem eficaz.
O manuseio do SOROBAN é uma técnica
de cálculo, e como técnica utiliza-se de regras,
entretanto o ato de manusear o SOROBAN é dinâmico,
pois mantém constantemente a mente do operador em movimento,
que vai se acelerando com a prática constante.
Para que o SOROBAN quando existem as máquinas calculadoras
e computadores?
É natural que se pense assim, quando só se considera
aparelhos para cálculos, mas são apenas os objetos
que devem ser comparados.
O SOROBAN oferece envolvimento pedagógico ao praticante,
auxiliando a solucionar os cálculos da vida cotidiana,
resolvendo operações simples e estimando os resultados
mais complexos. Enquanto os computadores solucionam problemas
vultuosos e mais complicados, assim como as máquinas são
necessárias para cálculos mais complexos, o SOROBAN
oferece a oportunidade de desenvolver mentes, tornando o ensino
do SOROBAN uma força motriz para criação
de outras máquinas a serviço do próprio homem,
portanto cada qual tem sua função.
Quem usa o SOROBAN?
O seu uso é comum no oriente, principalmente entre os japoneses,
chineses, coreanos, tailandeses entre outros. O Soroban no ocidente
não passava de adorno feito de metais preciosos e não
passava de um simples ábaco. Atualmente é divulgado
na Inglaterra e principalmente na América do Norte, utilizado
também pelos cegos. No Brasil é igualmente usado
pelos cegos, pelos imigrantes japoneses, chineses e mais recentemente
pelos brasileiros. O homem atual precisa de ginástica física,
precisa igualmente ou senão mais, da ginástica mental,
não só para crianças e adolescentes, mas
para todas as idades. No Japão, a geriatria usa o SOROBAN,
na manutenção da sanidade mental, das funções
operatórias mentais.
História
do Soroban
Qual é sua origem?
Ao longo dos séculos, em busca por processos e instrumentos
que permitissem registrar e simplificar contagens e cálculos,
o homem foi inventando técnicas e máquinas que propiciaram
a redução do tempo e da energia gastos em operações
trabalhosas.
Entre os instrumentos que criou para auxilia-lo nas contas, está
o Ábaco, uma fantástica máquina de calcular.
Há indícios de que o Homem já o utilizava
antes mesmo da escrita.
Nessa fase, os ábacos eram tábuas recobertas com
areia, serragem ou cal, nas quais se registravam contagem e se
faziam cálculos com o auxílio de bastões
de ponta fina.
Essas tábuas de cálculo, ou ábacos, foram
sofrendo transformações e aprimoramentos com o passar
dos séculos. Muitos tipos de ábacos apareceram e
tiveram seu uso difundido em diferentes países do Ocidente
e do Oriente. Entre eles o SOROBAN.
O SOROBAN, que é considerado um tipo moderno de ábaco,
foi desenvolvido na China onde se denominava "Suan pan"
e no Japão por volta do século XVII, aperfeiçoaram-no
tornando um instrumento de cálculo com o nome de SOROBAN.
No Brasil, o aparelho foi trazido pelos primeiros imigrantes japoneses
em 1.908.
O SOROBAN faz parte da própria evolução da
civilização humana.
Ele sempre existiu, claro que de forma diferente e as transformações
foram feitas sem ter um personagem específico e sim de
acordo com a necessidade e a própria evolução.
Com o decorrer do tempo, os pedagogos descobriram seu valor pedagógico,
o de propiciar ao educando o desenvolvimento de habilidades básicas,
principalmente a Concentração e o Raciocínio,
necessárias para executar com perfeição e
rapidez qualquer tarefa.
O SOROBAN e a história da computação
História
da COMPUTAÇÃO
Apesar dos
computadores eletrônicos terem efetivamente aparecido somente
na década de 40, os fundamentos em que se baseiam remontam
a centenas ou até mesmo milhares de anos.
Se levarmos em conta que o termo COMPUTAR, significa fazer cálculos,
contar, efetuar operações aritméticas, COMPUTADOR
seria então o mecanismo ou máquina que auxilia essa
tarefa, com vantagens no tempo gasto e na precisão. Inicialmente
o homem utilizou seus próprios dedos para essa tarefa,
dando origem ao sistema DECIMAL e aos termos DIGITAL e DIGITO.
Para auxílio deste método, eram usados gravetos,
contas ou marcas na parede.
O ÁBACO A partir do momento que o homem pré-histórico
trocou seus hábitos nômades por aldeias e tribos
fixas, desenvolvendo a lavoura, tornou-se necessário um
método para a contagem do tempo, delimitando as épocas
de plantio e colheita. Tábuas de argila foram desenterradas
por arqueólogos no Oriente Médio, próximo
à Babilônia, contendo tabuadas de multiplicação
e recíprocos, acredita-se que tenham sido escritas por
volta de 1700 a.C. e usavam o sistema sexagesimal (base 60), dando
origem às nossas atuais unidades de tempo.
Ábaco
O LOGARITMO E A RÉGUA DE CÁLCULOS
Na medida
em que os cálculos foram se complicando e aumentando de
tamanho, sentiu-se a necessidade de um instrumento que viesse
em auxílio, surgindo assim há cerca de 2.500 anos
o ÁBACO.
Este era formado por fios paralelos e contas ou arruelas deslizantes,
que de acordo com a sua posição, representava a
quantidade a ser trabalhada.
O ábaco russo era o mais simples: continham 10 contas,
bastando contá-las para obtermos suas quantidades numéricas.
O ábaco chinês possuía 2 conjuntos por fio,
contendo 5 contas no conjunto das unidades e 2 contas que representavam
5 unidades. A variante do ábaco mais conhecida é
o SOROBAN, ábaco japonês simplificado (com 5 contas
por fio, agrupadas 4x1), ainda hoje utilizado, sendo que em uso
de mãos treinadas continuam eficientes e rápidos
para trabalhos mais simples.
Esse sistema de contas e fios recebeu o nome de calculi pelos
romanos, dando origem à palavra cálculo.
Os Bastões de Napier foram criados como auxílio
à multiplicação, pelo nobre escocês
de Edinburgo, o matemático John Napier (1550-1617), inventor
dos logaritmos.
Dispositivos semelhantes já vinham sendo usados desde o
século XVI mas somente em 1614 foram documentados.
Os bastões de Napier eram um conjunto de 9 bastões,
um para cada dígito, que transformavam a multiplicação
de dois números numa soma das tabuadas de cada dígito.
Em 1633, um sacerdote inglês chamado William Oughtred, teve
a idéia de representar esses logaritmos de Napier em escalas
de madeira, marfim ou outro material, chamando-o de CÍRCULOS
DE PROPORÇÃO. Este dispositivo originou a conhecida
RÉGUA DE CÁLCULOS.
Como os logaritmos são representados por traços
na régua e sua divisão e produto são obtidos
pela adição e subtração de comprimentos,
considera-se como o primeiro computador analógico da história.
Régua de Cálculos: o primeiro computador analógico.
ANALÓGICO
X DIGITAL
A diferenciação
entre o que chamamos de computador analógico e computador
digital é que os analógicos realizam operações
aritméticas por meio de analogia (sistema de representação
de fenômenos por meio de pontos de semelhança), ou
seja, não trabalham com números ou símbolos
que representem os números, eles fazem analogia direta
entre as quantidades; eles medem as quantidades a serem trabalhadas,
tendo, portanto, uma analogia entre os valores com os quais pretende
trabalhar e os valores internos da máquina. Já os
computadores digitais trabalham diretamente com números,
ou seja trabalham realizando operações diretamente
com os números, enquanto os analógicos medem.
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